30 setembro 2005

 

Abraçado à guitarra



"A guitarra é um instrumento que se abraça". Isto foi uma das primeiras coisas que o meu professor de guitarra disse. Realmente, o guitarrista como que abraça a guitarra.
Será talvez por isso que a guitarra é um instrumento que faz companhia. Não estive muito tempo na escola de guitarra, mas continuei sempre a tocar o que sabia, e a aprender mais alguma coisa com os amigos.
Comecei a conseguir tocar algumas canções conhecidas. Uma das primeiras foi as "Dunas" dos GNR, claro. As favoritas dos Resistência também não podiam faltar. Mais tarde vieram aquelas em que uma guitarra toca o solo da introdução e outra toca o ritmo (por exemplo a versão acústica do "Homem do Leme", dos Xutos e Pontapés, que se tornou uma favorita para tocar com amigos). E fui alargando o "repertório" com as músicas que gosto mais, sobretudo anos 60.
Muitas vezes, tocar é um anti-stress poderoso, e sempre que posso arranjo um bocadinho para tocar algumas músicas ou aprender algo mais. É mesmo uma "guitarroterapia" que me ajuda a esquecer as preocupações do dia-a-dia.

20 setembro 2005

 

Amores de Verão




"Quand vient la fin de l'été sur la plage
Il faut alors se quitter peut-être por toujours
Oublier cette plage et nos baisers"

(Les Chats Sauvages - Derniers baisers - 1962)

(Não, eu ainda não era nascido)

O fim do Verão traz sempre uma sensação estranha, de saudade e e tristeza, por tudo o que de bom se viveu nas férias estar a acabar. Não é preciso que sejam paixões, muitas vezes bastam outros lugares, ritmos, rostos, gestos, para nos fazer sentir assim quando regressamos à rotina habitual.
Mesmo que as férias já tenham acabado há umas semanas - ou que não tenham sido no Verão - o final da estação como que confirma o inevitável.
Além disso, mesmo que os nossos anos de escola já tenham ficado para trás, não conseguimos esquecer que esta é também a época do regresso às aulas.
Porque é que não conseguimos guardar um pouco do calor do Verão para o resto do ano? O desafio devia ser precisamente esse: que o que vivemos nas férias nos ensine alguma coisa para vivermos melhor no resto do ano. Mas é tão difícil…

13 setembro 2005

 

Fogo de artifício



No Sábado passado fui ver o fogo de artifício junto à Torre de Belém.
Lá encontrei uma pequena multidão que, como eu, optou pelo fogo de artifício em vez de ver o Sporting-Benfica. Tenho que me lembrar disto da próxima vez que, nalgum jantar de amigos, me sentir extremamente só porque estão todos a olhar para o futebol na televisão. De facto não me interesso pelo futebol.
Não tenho nada contra quem gosta, mas é um facto que quando à minha volta todos ficam a ver o jogo ou se põem a falar de futebol, é uma sensação um pouco estranha.

06 setembro 2005

 

Jornada Mundial da Juventude - Colónia



Colónia tornou-se, neste Verão, uma cidade marcante na minha vida, a juntar a outras onde participei em Jornadas Mundiais da Juventude. Desta vez, as circunstâncias eram bastante diferentes. Foram as primeiras Jornadas sem o seu fundador, João Paulo II. No seu lugar esteve Bento XVI, que de resto desde o primeiro dia de pontificado declarou o seu apoio a esta iniciativa. A expectativa era grande, e as comparações seriam inevitáveis.
Vou deixar as comparações para os especialistas. A mensagem continha pistas suficientes para reflectir, força suficiente para recarregar as baterias de fé, e calor suficiente para aquecer aquela manhã fria em que decorreu a missa papal. Foi nítido, durante a homilia, o aumento da força dos aplausos à medida que o discurso ia tocando os jovens.
Mas, para além disto, fica também a experiência de partilhar a fé com os cerca de um milhão de jovens presentes em Marienfeld, com as centenas que se cruzavam connosco nas ruas e nos transportes, e com o pequeno grupo que acompanhei.
E a alegria de cantar bem alto aquilo em que se acredita. Sem esquecer o acolhimento das comunidades locais.
Assim, o que importa menos é o frio, ou a comida a que não estamos habituados.

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